A promessa é realmente tentadora: com uma pílula, você conquista coxas e bumbum com pele firme, mais regular, livre da celulite. Depois das cápsulas que previnem rugas e manchas, das que prolongam o bronzeado e das que fortalecem o cabelo, os comprimidos anticelulite começam a ganhar espaço nas prateleiras. Mas, afinal, funcionam? “Se pegarmos as cápsulas disponíveis no mercado, veremos que cada uma tem uma composição diferente. Isso significa que nenhum ativo é consagrado como o mais eficaz para combater o problema”, fala Solange Teixeira, dermatologista de São Paulo. “Ainda existem poucos estudos. Na maioria dos casos, são pesquisas do próprio fabricante com uma amostra pequena”, acrescenta Dóris Hexsel, dermatologista da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul.
"A cosmecêutica representa um casamento entre a cosmética e a farmacêutica. Como os cosméticos, os cosmecêuticos são aplicados topicamente, mas contêm ingredientes que influenciam a função biológica da pele. A cosmecêutica melhora o aspecto, mas assim o faz levando os nutrientes necessários para a pele saudável".
Aliada da dieta e do exercício
Seja qual for o ativo escolhido, vale ressaltar que as mulheres com grau de celulite menos avançados, tipo 1 e 2, têm mais chance de se beneficiar com as cápsulas. “Os cosméticos orais contribuem para o funcionamento do organismo como um todo, regulando a digestão e melhorando a absorção dos nutrientes. E é claro que isso acaba refletindo na beleza”, fala Sheila Mustafá, nutricionista funcional e esteticista de São Paulo. “Na ordem de eficácia contra a celulite, estão no topo da lista alimentação equilibrada, atividade física, tratamentos estéticos, cremes e, por fim, as pílulas”, acredita Leila Bloch, dermatologista de São Paulo. O ideal, então, é usá-las como aliadas da dieta e dos exercícios de três a seis meses num plano de ataque. Depois, manter o resultado com um estilo de vida saudável. Apesar de não precisarem de receita para a venda, peça orientação do dermatologista ou da nutricionista para escolher o produto mais indicado para o seu caso. Uma última recomendação dos experts: “Dê preferência aos fabricantes mais conhecidos, especialmente com tradição em pesquisas científicas”, diz Dóris Hexsel.